Palabra de la semana/Palavra da semana

palavra_da_semanaComeçamos a produzir um novo conteúdo para nossos meios digitais. Decidimos escolher algumas das palavras dos textos originais ou das traduções publicados em Pontis e comentar as curiosidades históricas e etimológicas dos vocábulos selecionados.

 


Mas Genebra já devia saber que — sobretudo em assuntos de homens — quando a esmola é demais, o santo desconfia. Se for um santo inteligente.” (Pontis 2, “Genebra”, de Elaine Mendina, traduzido por Federico Sörensen e Verónica Machado).


A palavra desta semana é “esmola”, cujo primeiro registro escrito que se tem notícia, em língua portuguesa, conforme o dicionário Houaiss on-line, data do século XIII. Sem entrarmos na análise do provérbio em que ela aparece (“quando a esmola é demais, [até] o santo desconfia”) e possíveis variantes, e detendo-nos especificamente na estrutura formal de “esmola” em português e sua correspondente em espanhol – limosna –, podemos observar que há certa coincidência formal entre ambas as palavras. Teriam elas a mesma origem?

Sim. Sua origem é grega, ἐλεημοσύνη (eleēmosýnē, conforme transcrição reproduzida do Diccionario de la Real Academia, disponível on-line). Como se sabe, muitas palavras gregas foram incorporadas ao léxico latino, passando por adaptações. Em latim, a palavra passou a ser grafada eleēmosyna, ae (apresentamos a palavra conforme consta nos dicionários de latim: primeiramente sua forma no caso nominativo, seguida da terminação do caso genitivo logo após a vírgula).

O já citado dicionário Houaiss explicita a seguinte provável cadeia evolutiva de “esmola” em português: eleēmosyna > *elemosna > *elmosna > esmolna > esmonla > esmolla > esmola. Provável, porque as formas com asteriscos não são documentadas, mas são o possível produto de regras da fonética histórica que, quando aplicadas de maneira ampla, permitem supor a existência de determinada forma de uma palavra sem necessariamente contarmos com seu registro escrito. O registro da forma histórica esmolna data do século XIII; esmonla e esmolla, do XIV.

Nesta breve história da palavra “esmola”, podemos observar como, a partir da origem comum eleēmosyna, o português e o espanhol se distanciam na forma: o espanhol, mais próximo da forma etimológica; enquanto o português, via metátese (fenômeno linguístico em que há troca de lugares de fonemas ou sílabas no interior de uma palavra), se distanciou mais da forma primitiva. Não obstante, tanto “esmola” quanto limosna continuam dialogando com seus sentidos etimológicos latinos, dentre eles, “dádiva caridosa feita aos pobres”, conforme consultado nos dicionários: Latim-Português da Porto Editora, Houaiss on-line e no dicionário on-line da Real Academia Española.

 

Amanda Duarte Blanco


 

Comenzamos a producir un nuevo contenido para nuestros mediopalavra_da_semanas digitales. Decidimos elegir algunas palabras de los textos originales o de las traducciones publicados en Pontis y comentar las curiosidades históricas y etimológicas de los vocablos seleccionados.


Mas Genebra já devia saber que — sobretudo em assuntos de homens — quando a esmola é demais, o santo desconfia. Se for um santo inteligente.” (Pontis 2, «Genebra», de Elaine Mendina, traducido por Federico Sörensen e Verónica Machado).


 

La palabra de esta semana es «esmola», cuyo primer registro escrito del que se tiene noticia, en lengua portuguesa, de acuerdo con el diccionario Houaiss on-line, data del siglo XIII. Sin entrar en el análisis del refrán en el cual aparece («quando a esmola é demais, [até] o santo desconfia» / «cuando la limosna es grande, [hasta] el santo desconfía») y posibles variantes, y deteniéndonos específicamente en la estructura formal de esmola en portugués y su correspondiente en español —«limosna», podemos observar que hay cierta coincidencia formal entre ambas palabras. ¿Tendrán el mismo origen?

Sí. Su origen es griego, ἐλεημοσύνη (eleēmosýnē, de acuerdo con la transcripción reproducida del Diccionario de la Real Academia, disponible on-line). Como se sabe, muchas palabras griegas fueron incorporadas al léxico latino, pasando por adaptaciones. En latín, la palabra pasó a ser escrita eleēmosyna, ae (presentamos la palabra como consta en los diccionarios de latín: primero su forma en el caso nominativo, seguida de la terminación del caso genitivo después de la coma).

El ya citado diccionario Houaiss expone la siguiente probable cadena evolutiva de esmola en portugués: eleēmosyna > *elemosna > *elmosna > esmolna > esmonla > esmolla > esmola. Probable, porque las formas con asteriscos no están documentadas, pero son el posible producto de reglas de la fonética histórica que, cuando se aplican de manera amplia, permiten suponer la existencia de determinada forma de una palabra sin contar necesariamente con su registro escrito. El registro de la forma histórica esmolna data del siglo XIII; esmonla y esmolla, del XIV.

En esta breve historia de la palabra «esmola», podemos observar cómo, a partir del origen común eleēmosyna, el portugués y el español se distancian en la forma: el español, más próximo a la forma etimológica; mientras que el portugués, por metátesis (fenómeno lingüístico en el que se dan cambios de lugares de fonemas o sílabas en el interior de una palabra), se distanció más de la forma primitiva. No obstante, tanto esmola como «limosna» continúan dialogando con sus sentidos etimológicos latinos, dentro de ellos, «dádiva caritativa dada a los pobres», de acuerdo con lo consultado en los diccionarios: Latim-Português de Porto Editora, Houaiss on-line y en el diccionario on-line de la Real Academia Española.

 

Audiovisual sobre la lectura de «Final de cuento».

Pontis quiso hacer algo especial para el día del libro y gracias a la colaboración de Ajupen-Foica (Asociación de Jubilados y Pensionistas – Federación de Obreros de la Industria de la Carne y Afines), Ajupen-Cerro y el programa Apex-Cerro de la Universidad de la República (Udelar), pudimos compartir la lectura de «Final de cuento», de la escritora artiguense Elaine Mendina, con vecinos de este barrio y registramos esa linda experiencia en este audiovisual. El cuento y su traducción al portugués están publicados en la edición abril-mayo de la revista Pontis, disponible en www.revistapontis.com

 


 

Pontis quis fazer algo especial para o dia do livro e graças à colaboração da Ajupen-Foica (Associação de Aposentados e Pensionistas – Federação de Operários da Indústria da Carne e Afins), Ajupen-Cerro e do programa Apex-Cerro da Universidad de la República (Udelar), compartilhamos a leitura de “Final de conto”, da escritora artiguense Elaine Mendina, junto com vizinhos deste bairro e gravamos essa linda experiência neste audiovisual. O conto e a sua tradução para o português estão publicados na edição abril-maio da revista Pontis, já disponível em www.revistapontis.com

Publicación de Pontis N.° 2

2 (1)Con mucha alegría les comunicamos que hemos publicado el número 2 de Pontis – Prácticas de Traducción. En esta edición nos dedicamos a la escritora uruguaya Elaine Mendina, nacida en Artigas y radicada hace tiempo en Montevideo.

En este número podrán leer una entrevista realizada a Mendina en la que nos cuenta sobre su infancia, las características generales de su producción artística, su relación con la lengua portuguesa y sus futuros proyectos.

¡Buena lectura!


Com muita alegria lhes comunicamos que publicamos o número 2 elaine (Medium)de Pontis – Práticas de Tradução. Nesta edição nos dedicamos à escritora uruguaia Elaine Mendina, nascida em Artigas e radicada há tempo em Montevidéu.

Neste número poderão ler uma entrevista realizada à Mendina na qual nos fala sobre sua infância, as características gerais da sua produção artística, sua relação com a língua portuguesa e seus futuros projetos.

Boa leitura!

Día del libro con Pontis

IMG-20160531-WA0000El pasado 26 de mayo, Pontis celebró el día del libro junto a Ajupen-Foica (Asociación de Jubilados y Pensionistas – Federación de Obreros de la Industria de la de la Carne y Afines) y el programa Apex-Cerro de la Universidad de la República (Udelar).

Se trató de una actividad conjunta para la inauguración de la biblioteca Florencio Sánchez en el local de Foica y para la presentación de nuestra revista.

Además, como adelanto de Pontis N.º 2, proyectamos un audiovisual con la lectura de «Final de cuento», realizada por integrantes debanda 4 Pontis y vecinos del Cerro. El texto es de la escritora artiguense Elaine Mendina. El cuento y su traducción al portugués pueden ser leídos en nuestra edición abril-mayo, disponible en www.revistapontis.com

Como cierre compartimos un brindis, disfrutamos y bailamos con el grupo de forró Ronco do Fole.

 


 

 

IMG_4333No passado dia 26 de maio, Pontis comemorou o dia do livro junto à Ajupen-Foica (Associação de Aposentados e Pensionistas – Federação de Operários da Indústria da Carne e Afins) e ao programa Apex-Cerro da Universidad de la República (Udelar).

Foi uma atividade em conjunto para a inauguração da biblioteca Florencio Sánchez no local da Foica e para a apresentação da nossa revista.

Também, como forma de antecipar Pontis N.º 2, projetamos um audiovisual com a leitura de “Final de conto”, realizada por integrantes de Pontis e vizinhos do bairro do Cerro. O texto é da escritora artiguense Elaine Mendina. O conto e sua tradução para o português podem ser lidos em nossa edição abril-maio, disponível em www.revistapontis.com

banda

Para encerrar o evento compartimos um brinde, e desfrutamos e dançamos com a banda de forró Ronco do Fole.