Apesar das diferenças políticas e, sobretudo, da barreira linguística que cada um dos Estados nacionais tendeu a fortalecer, os escritores, os críticos e os leitores — esses outros contrabandistas — conseguiram perfurar a fronteira entre o Uruguai e o Brasil. O fenômeno é de uma considerável riqueza e complexidade, tanto teórica como política.
Conforme os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos no decorrer das últimas décadas, teríamos duas maneiras de entender a tradução tendo por referência o impacto produzido pelo texto meta na cultura de chegada. Por um lado, na tradição formalista, o texto meta opera como desautomatizador da tradição na procura da modificação do cânone. Por outro lado, como assinalado por Patricia Willson, “se considerarmos que, em um momento determinado, coexistem em um sistema literário três instâncias, a produção, a tradição e a importação, esta última [...] pode se opor à tradição, ou, pelo contrário, pode consolidá-la"1.2 O tradutor como importador, como indicado por Blaise Wilfert, parece uma metáfora adequada quando o sistema literário está consolidado3.
No entanto, quando os autores ocupam um espaço periférico, quando não adquiriram, ainda, uma linguagem, quando o público não está suficientemente preparado para receber a novidade e, por último — mas não menos importante —, quando não há uma equipe adequadamente formada por tradutores capaz de transportar o texto fonte que for, como propusemos em outras ocasiões, seria conveniente substituir a metáfora do importador pela do contrabandista. Trata-se do escritor, e não necessariamente do profissional da tradução ou de quem se associa a um selo editorial, que fomenta esta política. É aquele que, em lugar de integrar uma verdadeira empresa, com todos os custos, os riscos e os benefícios aduaneiros, escapa dos controles oficiais ou dos que comportam uma série de prestígios, e introduz, em mínimas parcelas, algumas mercadorias novas: os textos do outro lado. Um outro lado ambivalente: o outro lado da língua, o outro lado da fronteira. Muitas vezes este escritor-contrabandista exerce o ofício um pouco improvisadamente por alinhamento estético; outras, por interesse ocasional — por mero prazer que aspira a compartir —; e, em muitas ocasiões, transforma-se em agente benévolo ou em praticante da troca, por intercâmbio de favores amicais. Traduz em troca de ser traduzido.
Tendo o Uruguai como ponto de partida, pode-se observar que sua ampla fronteira norte com o Brasil levou-o a uma relação tensa com seu grande vizinho, pretendendo — com sucesso — proteger sua língua nacional, conforme advertiu com preocupação José Pedro Varela nos fundamentos da reforma escolar uruguaia dos anos setenta do século XIX. Ajudou a consolidar esse projeto
Notas
1 La constelación del sur. Traductores y traducciones en la literatura argentina del siglo XX. Patricia Willson. Buenos Aires, Siglo XXI, 2004.
2 Tradução de Pontis.
3 Cit. por Sorá, págs. 36-37, n.º 19.
o escasso desenvolvimento dos centros urbanos fronteiriços, que, em sua debilidade, não conseguiram traçar, por meio de uma literatura, uma relação fluida entre as duas línguas utilizadas, na realidade, pelos falantes, alheios às imposições. A cidade letrada, da qual falou Ángel Rama em um livro fundamental de 1984, impôs-se a partir da capital do país como principal promotora da alta cultura, resgatando, de sua perspectiva, fragmentos da cultura popular, tendendo a sua domesticação.
Por sua vez, estabelecendo o Brasil como ponto de partida, vê-se que a realidade política, cultural e linguística da fronteira com o Uruguai — como com outros Estados hispano-americanos — debateu-se entre as aspirações autonomistas, para o caso do Rio Grande do Sul, e as imposições centralizadoras ditadas no Rio de Janeiro. Somente a partir de fins do século XIX, e em boa medida como consequência desse afã autonômico — segundo estudado, entre outros, por Augusto Meyer, Guilhermino César e Lígia Chiappini — prospera uma literatura gauchesca gaúcha inspirada em fontes castelhanas. Seu maior representante, João Simões Lopes Neto, desde a ainda muito pequena cidade de Pelotas, começa a elaborar um projeto que defende a identidade local, fronteiriça, ao mesmo tempo em que a reivindica como brasileira e, consequentemente, oposta aos que estão do outro lado.
A população relativamente magra nas zonas estritamente fronteiriças parece debilitar os meios de difusão da cultura brasileira desta região no território do Estado vizinho. Distante, nos centros de maior desenvolvimento, no Rio de Janeiro e em São Paulo, divulgaram-se o pensamento e os textos de José Enrique Rodó — sobre quem escreveu um quase adolescente Sérgio Buarque de Holanda —, a poesia de Juan Zorrilla de San Martín (de quem, na metade do século, Manoelito de Ornellas traduziria Tabaré) e outros poucos autores e textos.
O mercado editorial de Buenos Aires, mais poderoso e com melhores condições de expansão, absorveu algumas obras, mas não muitas, se seguimos a fundamental pesquisa de Gustavo Sorá reunida em seu livro Traducir Brasil (Buenos Aires, 2004).
Com a criação, na metade dos anos quarenta, do Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro, a literatura brasileira começa a ser divulgada em Montevidéu com um interesse que, em princípio, corresponde às minorias letradas. Esses vínculos, de fato, reconhecem antecedentes notáveis no limiar dos dois séculos: desde a paixão de um seleto grupo pela obra de Olavo Bilac e Machado de Assis aos múltiplos vínculos que, durante as vanguardas nos anos vinte, foram estabelecidos especialmente pela mediação de Ildefonso Pereda Valdés, frequentador de diferentes pontos do território brasileiro (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte), onde estabeleceu produtivas relações com Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Mário Quintana e com o antropólogo Luís da Câmara Cascudo, entre muitos outros. Alguns deles divulgados em revistas montevideanas como La Cruz del Sur e Izquierda. Não podemos esquecer, no entanto, o curioso estímulo de Domingo Cayafa Soca, um esforçado escritor que, da cidade de Durazno, divulgou muita literatura brasileira na modesta revista Renovación. E, sobretudo, fundamentais foram os trabalhos críticos e de tradução realizados por José Pereira Rodríguez, Gastón Figueira, Cipriano Vitureira; bem como, mais adiante, a importante informação acumulada pelo construtor de bibliografias Luis Alberto Musso. Sem esse trabalho, os decisivos estudos posteriores de Emir Rodríguez Monegal e de Ángel Rama, respectivamente, sobre diversos aspectos da cultura brasileira, não teriam os alcances obtidos, os quais — como se verá em algumas obras presentes nesta mostra — tiveram ampla repercussão no Brasil.
Se nos anos setenta em revistas como Maldoror deu-se a conhecer a contribuição do concretismo paulista dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos e de Décio Pignatari, bem como alguns outros textos, entre os quais se conta uma tradução de alguns relatos de João Guimarães Rosa elaborada por Washington Benavides e Eduardo Milán, no final da década de oitenta produz-se um forte impulso. Nesta época, são fortalecidos os vínculos mais expressivos entre Montevidéu e Porto Alegre por intermédio de alguém originário da fronteira, o engenheiro Julián Murguía, exilado na capital gaúcha no período final da ditadura que assolou o Uruguai, em momentos em que a dura situação política no Brasil começava a desanuviar-se. Murguía, também escritor, manteve contato com Aldyr García Schlee e com Sergio Faraco, principais responsáveis por uma tarefa de tradução de escritores uruguaios no Rio Grande do Sul, através de selos editoriais como Mercado Aberto, L&PM, Movimento e do apoio do Instituto Estadual do Livro. Dessa maneira, começaram a ser publicadas com regular intensidade em Porto Alegre — e em outras cidades do Brasil — as obras de clássicos uruguaios do passado e do presente, como Eduardo Acevedo Díaz, Horacio Quiroga, Mario Arregui (com quem Faraco manteve uma amizade e uma correspondência notáveis na primeira metade da década de oitenta), Juan José Morosoli, Tomás de Mattos, etc. Nessas edições, alguns uruguaios, dentre os quais me incluo, colaboraram como autores de prólogos ou organizadores dos textos. Antes, somente na mítica empresa latino-americanista da editora Civilização Brasileira, do Rio de Janeiro, podia ser encontrado algum título de Quiroga ou o romance Juntacadáveres, de Juan Carlos Onetti, cujo regresso se deu apenas pela força das editoras transnacionais em 2005. As consequências dessa política editorial executada entre fins dos oitenta e a década de noventa, sujeita a vicissitudes financeiras e pouca receptividade do mercado gaúcho, foram muito fortes no meio acadêmico, sobretudo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se
multiplicam os estudos sobre escritores uruguaios contemporâneos, especialmente sobre aqueles associados ao que, em outra ocasião, denominamos narrativa pós-gauchesca. Além disso, o impulso do projeto Centro de Literatura e Psicanálise Cyro Martins (CELPCYRO), iniciado em 1999 sob a direção da filha do escritor, Dra. Maria Helena Martins, conquistou um vasto terreno que redundou em congressos e publicações multidisciplinares.
Com a abertura democrática no Uruguai e o retorno de Murguía a Montevidéu, houve um aumento de interesse em literatura brasileira; o escritor se desempenhava como um intermediário entre as editoras Monte Sexto (hoje desaparecida) e Banda Oriental, cujo diretor, Heber Raviolo, acudiu ao auxílio de alguns tradutores e especialistas — e ele mesmo fez este trabalho — para publicar muita literatura do Brasil e, particularmente, da fronteira. No campo universitário, o desenvolvimento dos estudos de língua de fronteira, embora tenham tido pouco contato com a produção literária (e quase nenhum com os problemas da tradução), obteve um forte impulso em trabalhos dos professores Adolfo Elizaincín, Luis Behares, Graciela Barrios e suas equipes.
Esta mostra bibliográfica apresenta meia centena exata de livros e folhetos que, de um lado e de outro da fronteira, conseguiram em diversas frentes — pedagógica, institucional, comercial, universitária — ultrapassar as diferenças em proveito de um melhor e mais amplo conhecimento de nossas diversidades e características comuns, através da linguagem comum da literatura e da arte. Privilegia-se a série literária, que não é a única, mas que, claramente, foi a dominante na produção bibliográfica da região. Sobre essa série é necessário comentar que, tanto de um lado como do outro, consolida-se o que usualmente se chama cânone, construído um pouco a partir dos sistemas de consagração prévios de cada país ou — para o caso uruguaio, sempre dependente e muito
frequentemente de limites imprecisos — daqueles construídos na Argentina. Dito de outro modo, é difícil encontrar uma edição sobre um autor que não tenha sido “abençoado” por São Paulo ou pelo Rio ou, mais proximamente, pela crítica do Rio Grande do Sul, que, como se sabe, tem seus recursos de difusão próprios e distantes do Brasil meridional. É muito raro, também, encontrar um livro de autor de origem uruguaia que, previamente, não tenha sido discutido e realçado pela crítica ou pelas editoras mais influentes em seu país. As exceções dessa norma, em todo caso, estariam nos contatos realizados pelos escritores ou pesquisadores sem maior relação de dependência com as mais altas esferas.
Todos os livros desta mostra bibliográfica provêm do acervo particular do autor deste artigo. Corresponde esclarecer que esta coleção particular tem aumentado com as frequentes visitas, por motivos professionais, a diferentes pontos do Brasil, sobretudo Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo — onde o autor defendeu seu doutorado em Literaturas Espanhola e Hispano-Americana na Universidade de São Paulo (USP) —, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Ponta Grossa e Cuiabá. A lista de agradecimentos seria tão longa que cansaria e, como se costuma dizer, alguém poderia ser esquecido. Basta, então, um genérico e constante reconhecimento à generosidade ininterrupta de colegas e amigos do Brasil e do Uruguai.
Devo a um convite do Dr. Ademar Seabra (Embaixada do Brasil no Uruguai) a possibilidade de construir esta mostra. Uma descrição de cada uma das obras selecionadas, que, logicamente, não são a totalidade, mas representam um conjunto muito amplo e ilustrativo, pôde ajudar em seu momento o público a conhecer alguns aspectos da história de cada publicação. Combinou-se, para sua ordenação, a antecedência no tempo de cada autor com o agrupamento em séries de suas obras —sendo o caso — ou, por último, a maior antiguidade das edições.
[Com leves modificações, este texto e o catálogo que segue, até agora inéditos, foram redigidos para a mostra bibliográfica realizada no mês de abril de 2008 nas cidades de Chuy/Chuí, em atividade apoiada pela Embaixada do Brasil no Uruguai, pelo Ministério de Desenvolvimento Social do Uruguai e pela Seção de Arquivo e Documentação do Instituto de Letras da Faculdade de Humanidades e Ciências da Educação, Universidad de la República, Uruguai.]
(I) LIVROS E FOLHETOS DE ESCRITORES BRASILEIROS OU DE LITERATURA BRASILEIRA PUBLICADOS EM MONTEVIDÉU
POESIA
Livros de autor
/1/
Poesía y prosa, Olavo Bilac. Montevidéu, Claudio García & Cía, 1945. (Colección Cultura). Comentários críticos de José Pereira Rodríguez, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira (estes dois últimos tomados de livros brasileiros). 94 págs. Com sobrecapa.
[Olavo Bilac (Rio de Janeiro, 1865-1918) foi o poeta parnasiano mais difundido no mundo hispano-americano, chegando a ser comparado com Rubén Darío. Por fazer parte dos programas oficiais de Literatura do Ensino Médio no Uruguai nos anos quarenta, o editor Claudio García — certamente por iniciativa de José Pereira Rodríguez — organizou este pequeno volume. Em uma nota preliminar esclarece: “Não temos notícia da existência na bibliografia espanhola de uma obra que contenha uma seleção antológica da obra poética de Olavo Bilac, proclamado na
sua pátria como príncipe dos poetas brasileiros. Esta circunstância, junto à exigência do atual programa de Literatura, motivou-nos a preparar esta seleção de poemas traduzidos a nosso idioma (espanhol) e a completá-la com alguns comentários críticos nos quais a vida e a obra do grande lírico brasileiro são expostas de maneira que haverá de ser útil para os professores e os estudantes”.]
/2/
Antología poética, [Antônio] Gonçalves Dias. Montevidéu, Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro, 1967. Apresentação de Albino Peixoto Júnior. Prólogo de Marcos Kondes Réis. (Coleção Textos Brasileiros). 78 págs.
[Contém uma apresentação de Albino Peixoto Júnior, diretor do Instituto, e um prólogo de Marcos Kondes Réis, a quem corresponde a seleção. Os dois textos mencionados estão em espanhol, mas a ajustada antologia do poeta romântico brasileiro só está em língua portuguesa, o que — unido à modéstia da edição realizada em papel de segunda — reforça a ideia de sua utilização com fins didáticos no Instituto.]
/3/
Antología poética (1923-45), Cecília Meireles. Montevidéu, Cadernos Poesía de América, outono de 1947. 36 págs. Seleção e tradução de Gastón Figueira. Com um retrato de Cecília Meireles por Arpad Szenes.
[Até onde sabemos, apesar de sua brevidade e modéstia, trata-se da primeira antologia da poesia de Cecília Meireles, que se tornou muito conhecida entre as minorias letradas em boa parte da América Espanhola somente a partir dos anos sessenta. Em 1944, Cecília fez uma viagem de trem do Rio a Montevidéu, onde
permaneceu vários anos e entrou em contato com muitos escritores locais — entre outros, com Esther de Cáceres, a quem está dedicada esta antologia. Dali passou a Buenos Aires. Sobre esta viagem, escreveu uma série de crônicas em jornais do Rio de Janeiro, reunidas em livro pela editora Nova Fronteira em 1998.]
/4/
La palabra perdida, Gilberto Mendonça Teles. Montevidéu, Barreiro y Ramos, 1967. (Colección Equinoccio). 96 págs. Com texto de solapa redigido por Gastón Figueira.
[Gilberto Mendonça Teles (1931), atual professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, foi professor de Literatura no Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro. Poeta de longa trajetória, publicou, também, vários importantes estudos sobre as vanguardas europeias e latino-americanas.]
/5/
Objetos perdidos y otros poemas, Mario Quintana. Montevidéu/Buenos Aires, Calicanto, 1979. 120 págs. Estudo introdutório, notas e seleção de Santiago Kovadloff. Tradução de Estela dos Santos. Capa de Fernando Álvarez Cozzi.
[O cuidado volume que reúne, pela primeira vez em espanhol, uma seleção de poesias do gaúcho Mário Quintana integrou uma importante coleção auspiciada a fins da década de setenta pelo Departamento Cultural da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, mas editada por iniciativa de Alberto Oreggioni, editor uruguaio, em Montevidéu. Entre outros poetas, principalmente traduzidos ou antologados pelo argentino Santiago Kovadloff, incluíram-se nesta coleção: Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Cassiano Ricardo, Cecília Meireles.]
/6/
Cântico dos cânticos para flauta e violão (Cantar de cantares para flauta y guitarra), Oswald de Andrade. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 1988. 32 págs. Transcriação de Washington Benavides. Portada de Pablo Benavídez.
[Pequeno folheto que contém o texto bilíngue de Oswald de Andrade, uma de suas últimas criações poéticas. Washington Benavides (Tacuarembó, 1930) é um dos poetas mais reconhecidos no Uruguai desde metade da década de sessenta e um importante divulgador e crítico da literatura brasileira. Até esta tradução, só se conhecia uma, publicada no volume antológico de textos de Oswald pela Biblioteca Ayacucho de Caracas, em 1978.]
/7/
Donde la mitología sopla (Antología ínfima), Ferreira Gullar. Montevidéu, El Lobo Caótico, 1990. (Serie de Traiciones/1). 32 págs. Seleção e versão de Aldo Mazzucchelli.
[Pequeno volume de uma editora dirigida por jovens poetas, que prosperou apenas no começo da década de noventa. Este livro reúne textos de José Ribamar Ferreira (São Luís do Maranhão, 1930) e inclui no final uma apertada ficha sobre o autor e sua bibliografia. Aldo Mazzucchelli (Montevidéu, 1962) é um poeta de reconhecida trajetória, pesquisador, atualmente Professor Titular de Literatura Latino-americana.]
/8/
Poesía brasileña contemporánea (1920-46). Crítica y antología. Montevidéu, Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro, 1947. 144 págs. Inclui uma vinheta de Adolfo Pastor.
[Através desta antologia realizada por Gastón Figueira (Montevidéu, 1905-1999) apresentou-se no Uruguai — antes que em qualquer outro ponto do mundo hispânico — uma mostra muito representativa dos poetas modernistas e dos contemporâneos da época, de Mário de Andrade a Manuel Bandeira, de Henriqueta Lisboa a Ledo Ivo.]
NARRATIVA
Livros de autor
/9/
La mano y el guante, J. M. Machado de Assis. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental,1990. (Colección Lectores, quarta série, vol. 25). 96 págs. Tradução e prólogo de Alejandro Paternain.
[Primeira tradução ao espanhol de uma obra da primeira época do canônico narrador da literatura brasileira. Pertence à coleção para assinantes iniciada em 1978, que ainda continua saindo todos os meses. Alejandro Paternain (1933-2004) foi um professor e crítico, em especial de literatura espanhola e hispano-americana, de longa e rica trajetória.]
/10/
Diez historias cortas, J. M. Machado de Assis. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 2006. (Colección Lectores, décima série, vol. 15). 96 págs. Tradução, prólogo e notas de Pablo Rocca.
/11/
El alienista, J. M. Machado de Assis. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 2008. 128 págs. Tradução e prólogo de Heber Raviolo.
[Segunda versão corrigida de uma tradução e seu correspondente prólogo publicados na Colección Lectores em 1981. Inclui os contos “Misa de gallo” (“Missa do galo”) e “Padre contra madre” (“Pai contra mãe”).]
/12/
Triste fin de Policarpo Quaresma, A. H. Lima Barreto. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 2004. (Colección Lectores, nona série, vols. 35-36). 122 págs. Tradução de Virginia Machado, revisada por Heber Raviolo e Pablo Rocca. Prólogo de Pablo Rocca.
[Segunda tradução para o espanhol deste romance-chave do escritor carioca Lima Barreto. A primeira tradução tinha sido difundida pela Biblioteca Ayacucho de Caracas, em 1977.]
/13/
Angustia, Graciliano Ramos. Montevidéu, Editorial Independencia, 1944. 248 págs. Tradução, prólogo e notas de Serafín J. García.
[Trata-se da primeira tradução para qualquer língua deste e de qualquer texto extenso de Graciliano Ramos. O tradutor e autor do prólogo, o poeta e narrador Serafín J. García (1906-1985) comenta em seu livro de estampas memorísticas, intitulado Retratos, que conheceu Graciliano Ramos no Rio, por intermédio de Jorge Amado, que, nesse momento, 1943, estava exilado em Montevidéu. Graciliano o presenteou com seu romance, que foi traduzido imediatamente.]
/14/
Con el vaquero Mariano. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 1979. (Colección Lectores, primeira série, vol. 8). 88 págs. Tradução de Washington Benavides e Eduardo Milán. Prólogo de Washington Benavides.
[Primeira tradução mundial ao espanhol de dois relatos de Guimarães Rosa: “Con el vaquero Mariano” e “San Marcos”. Aparece entre os primeiros volumes da Colección Lectores.]
/15/
Campo fora/Campo afuera, Cyro Martins. Porto Alegre, Instituto Estadual do Livro/CELPCYRO, 2000. Tradução de Aldyr Garcia Schlee. 238 págs. Síntese biobibliográfica de Carlos J. Appel. Prólogo de Ligia Chiappini.
[Embora publicado em Porto Alegre, corresponde incluí-lo nesta seção. Sobretudo porque uma particularidade deste livro é sua característica bilíngue; ao mesmo tempo, é uma singular tradução que mistura as duas línguas na procura de uma identidade linguística fronteiriça. Cyro Martins (1908-1995) foi, talvez, um dos mais importantes narradores gaúchos que trabalhou com os problemas da cultura de fronteira.]
/16/
El príncipe de la villa, Cyro Martins. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 2003. (Colección Lectores, nona série, vol. 14). 96 págs. Tradução e prólogo de Pablo Rocca. Síntese biobibliográfica de Carlos Jorge Appel.
[Único romance do escritor fronteiriço traduzido ao espanhol. A síntese biobibliográfica, redigida pelo editor e professor gaúcho Carlos J. Appel, reproduz-se das edições brasileiras do autor.]
/17/
La ciudad y otros cuentos, Murilo Rubião. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 2007. (Colección Lectores, décima série, vol. 30). 104 págs. Tradução, prólogo e notas de Pablo Rocca. Edição auspiciada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil — Embaixada do Brasil no Uruguai.
[Tradução de treze contos do primeiro narrador fantástico do Brasil. Trata-se da primeira realizada na América Espanhola, com textos, como o último conto escrito pelo mineiro Murilo Rubião, “La diáspora” (“A diáspora”), que nunca tinham sido traduzidos ao espanhol.]
/18/
Noche de matar un hombre, Sergio Faraco. Montevidéu, Editorial Monte Sexto, 1988. 106 págs. Tradução e prólogo de Julián Murguía.
[Tradução do livro de contos do grande narrador gaúcho editado dois anos antes pela Mercado Aberto, de Porto Alegre.]
/19/
Noche de matar un hombre, Sergio Faraco. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 1992. (Colección Lectores, quinta série, vol. 23). 80 págs. Tradução e prólogo de Julián Murguía.
[Segunda edição uruguaia que reproduz a precedente.]
/20/
Correspondencia, Mario Arregui e Sergio Faraco. Montevidéu, Monte Sexto, 1990. 174 págs. Prólogo de Martín Arregui.
[Única correspondência completa entre dois escritores latino-americanos das áreas lusófona e hispanófona. Publicada depois do falecimento do escritor uruguaio Mario Arregui (Trinidad, 1917-Montevidéu, 1985), constitui um documento fundamental para o conhecimento da obra e do pensamento dos dois autores. Uma edição em português saiu em novembro de 2009 em Porto Alegre, editada por LP&M, traduzida pelo próprio Faraco e com prólogo de Pablo Rocca.]
/21/
El día en que el Papa fue a Melo, Aldyr García Schlee. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 1992. (Colección Lectores, quinta série, vol. 18). 94 págs. Tradução do autor, revisada por Julián Murguía, Heber Raviolo e Washington Benavides. Prólogo de Heber Raviolo.
[Contos publicados pela primeira vez em Montevidéu. O texto que dá título ao volume evoca situações um pouco carnavalescas da visita do Papa Juan Pablo II à cidade de Melo (Cerro Largo); visita que também inspirou, em 2007, o filme El baño del Papa.]
/22/
Cuentos de fútbol, Aldyr García Schlee. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 1995. (Colección Lectores, sexta série, vol. 30). 112 págs. Tradução de I. Ariel Villa, Heber Raviolo e Pablo Rocca, revisada pelo autor. Prólogo de Heber Raviolo.
[Volume publicado em espanhol pela primeira vez. Só conheceu uma edição em Porto Alegre três anos mais tarde.]
/23/
La alucinación, Tabajara Ruas. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 1997. (Colección Lectores, sétima série, vol. 14). 80 págs. Tradução de Heber Raviolo e Pablo Rocca. Prólogo de Pablo Rocca.
[Este romance teve uma versão na internet durante alguns meses de 1996, na qual se interagiu com os leitores, ao mesmo tempo em que ia sendo publicado no Correio do Povo, de Porto Alegre. Em livro, publicou-se pela primeira vez nesta ocasião, antes que em português. A edição em sua língua original ocorreu no final desse mesmo ano, 1997, no Rio de Janeiro, Editora Record.]
/24/
Persecución y cerco de Juvencio Gutiérrez, Tabajara Ruas. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 2006. (Colección Lectores, sétima série, vol. 31). 112 págs. Tradução de Heber Raviolo e Pablo Rocca. Prólogo de Heber Raviolo.
[Uma tradução anterior deste romance tinha sido publicada em Bogotá, Colômbia, em 1992, realizada por Julián Murguía.]
/25/
El caso del martillo, José Clemente Pozenato. Montevidéu, Ediciones de la Banda Oriental, 2001. (Colección Lectores, Oitava série, vol. 24). 96 págs. Tradução e prólogo de Pablo Rocca.
[Primeiro romance divulgado em espanhol do escritor de Caxias do Sul.]
/26/
Cuentos brasileños. Montevidéu, Club del Libro de Radio Sarandí, vol. 39, circa 1978. 112 págs. Tradução de María Inés Silva Vila.
[Primeira e brevíssima antologia geral de contos brasileiros publicada no Uruguai, com marcada influência de contemporâneos. Contém relatos de João Guimarães Rosa, Lygia Fagundes Telles, Dalton Trevisan, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e Orígenes Lessa. Trata-se de um volume para assinantes de um programa de rádio, na emissora CX 8 de Montevidéu, que produziu um bem-sucedido clube do livro em fins da década de setenta.]
/27/
La poesía de Cruz e Souza en su vida y en su obra, José Pereira Rodríguez. Montevidéu, Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro, 1950. 20 págs.
[Pequeno folheto que reúne uma conferência de um dos mais atentos críticos da literatura brasileira na metade do século passado. A série de conferências que foi publicada na época reúne comunicações de Gastón Figueira e Emir Rodríguez Monegal, entre outros.]
/28/
La poesía de Jorge de Lima. Estudio y antología, Cipriano S. Vitureira (apresentação e antologia). Montevidéu, Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro, 1963. 68 págs. Com vinheta de Cândido Portinari.
[Primeiro estudo significativo sobre Jorge de Lima fora do Brasil, e um dos primeiros no mundo. Cipriano S. Vitureira foi, não só pelo seu cargo no Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro, um dos mais ativos difusores da literatura brasileira e de seus melhores tradutores.]
/29/
La poesía de Cecilia Meireles. Memoria casi augusta en su voz y en su ausencia. Cipriano S. Vitureira. Montevidéu, Instituto de Cultura Uruguaio-Brasileiro, 1965. (Colección América Joven). 76 págs. Apresentação e antologia de Cipriano S. Vitureira.
[Outra contribuição do poeta e crítico mais atento à poesia brasileira nos anos cinquenta do século XX, particularmente sobre Cecília Meireles, com quem Vitureira teve contato em suas visitas a Montevidéu e também em uma viagem ao Rio de Janeiro em 1947.]
/30/
Un diálogo americano: modernismo brasileño y vanguardia uruguaya (1924-1932). Valencia, Universidade de Valência/Cuadernos de América sin nombre, 2006. 350 págs. Plano e direção geral: Pablo Rocca. Com participação editorial de Gênese Andrade (Universidade de São Paulo). Estudos e fichas dos editores e de Nicolás Gropp, Claudio Paolini e Nicolás Der Agopián (Universidade da República).
[Embora editado em Valência, Espanha, este livro foi totalmente elaborado dentro das atividades de trabalho do então Programa de Documentação em Literaturas Uruguaia e Latino-Americana (atual Seção de Arquivo e Documentação do Instituto de Letras), Faculdade de Humanidades e Ciências da Educação, Universidade da República.]
(II) LIVROS DE ESCRITORES URUGUAIOS OU DE LITERATURA URUGUAIA PUBLICADOS NO BRASIL
Livros de autor
/31/
Noturnos e outros poemas, Idea Vilariño. Porto Alegre, Universidade do Vale do Rio dos Sinos/Instituto Estadual do Livro, 1996. 160 págs. Seleção e tradução de Sergio Faraco. Prólogo de Pablo Rocca.
[Única antologia de poemas de Idea Vilariño (Montevidéu, 1920-2009) divulgada em português.]
Livros de autor
/32/
Contos da selva, Horacio Quiroga. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 1989. Tradução, introdução, cronologia e bibliografia de Tânia Maria Piacentini. 196 págs. Ilustrações de Marta Dischinger.
[Primeira tradução no Brasil de um texto clássico, em especial para crianças, na literatura hispano-americana. Trata-se de uma edição bilíngue.]
/33/
As meias dos flamingos, Horacio Quiroga. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1994. 24 págs. Tradução de Sissa Jacoby. Ilustrações de Leonardo Menna Barreto Gomes.
[Edição independente de um dos Cuentos de la selva para público infantil.]
/34/
Vozes da selva. Nove contos escolhidos, Horacio Quiroga. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1994. 174 págs. Seleção, prólogo e bibliografia de Pablo Rocca. Tradução e notas de Sergio Faraco.
[Reproduz uma edição uruguaia publicada pelo Instituto Nacional do Livro em 1993 para a Colección Brazo Corto.]
/35/
História de um louco amor, Horacio Quiroga. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1998. 102 págs. Tradução de Sergio Faraco. Posfácio de Pablo Rocca.
[Primeira tradução brasileira do primeiro romance de Quiroga, originalmente publicado em Buenos Aires, em 1908.]
/36/
Passado amor, Horacio Quiroga. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1999. 96 págs. Tradução de Sergio Faraco. Posfácio de Pablo Rocca.
[Primeira tradução brasileira da segunda e última novela de Quiroga, originalmente publicada em Buenos Aires, em 1929.]
/37/
Cartas de um caçador, Horacio Quiroga. São Paulo, Iluminuras, 2007. 96 págs. Tradução de Wilson Alves-Bezerra. Ilustrações de Carlos Clémen.
[Primeira tradução ao português de uma série de textos que Quiroga difundiu nas revistas de atualidades de Buenos Aires na primeira metade da década de vinte.]
/38/
Contos fantásticos, Felisberto Hernández. Montevidéu, Nuestra América, 1972. 136 págs. Tradução de Maria de Lourdes Silveira. Capa de Paco. Prólogo de Cristina Peri Rossi.
[Embora correspondesse incluir este volume entre os editados em Montevidéu, trata-se de uma curiosa edição que reúne, em português, sem indicação de responsável, alguns contos do grande narrador antirrealista uruguaio Felisberto Hernández (Montevidéu, 1902-1964). A maior curiosidade, justamente, é sua edição em Montevidéu com previsível procura de um mercado do outro lado da fronteira nacional. Seria necessário esperar até 2007 para que Davi Arrigucci traduzisse alguns contos para que a obra de Hernández começasse a circular mais fluidamente em português. Deste mesmo selo editorial, pudemos detectar uma edição de Vidas secas, de Graciliano Ramos, sem indicação de tradutor e também com um prólogo de Cristina Peri Rossi.]
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A longa viagem de prazer, Juan José Morosoli. Porto Alegre, Metrópole/Instituto Estadual do Livro/Mercado Aberto, 1991. 104 págs. Seleção e tradução de Sergio Faraco. Prólogo de Heber Raviolo.
[Primeira tradução e seleção de contos de Juan José Morosoli (Minas, 1899-1957) em português.]
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Cavalos do amanhecer, Mario Arregui. Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves Ed., 1982. 128 págs. Tradução de Sergio Faraco. Ilustrações de Marcelo Lima.
[Primeira seleção de contos de Mario Arregui em português. O conto que Faraco intitulou “Cavalos do amanhecer” intitula-se, no original, “Un cuento con un pozo”. Baseado nessa história e em outras de Arregui, o diretor de cinema gaúcho Henrique de Lima rodou um filme de ficção em 1998.]
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Cavalos de amanhecer, Mario Arregui. Porto Alegre, L&PM Pocket, 2003. 152 págs. Tradução de Sergio Faraco.
[Reedição com algumas correções da edição de 1982.]
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A cidade silenciosa, Mario Arregui. Porto Alegre, Editora Movimento, 1985. Tradução e nota de apresentação de Sergio Faraco.
[Nova antologia de contos de Arregui, publicados logo depois da sua morte.]
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Para sempre Uruguai, Aldyr Garcia Schlee e Sergio Faraco (organizadores e tradutores). Porto Alegre, Instituto Estadual do Livro, 1991. 240 págs.
[Primeira e, até agora, única antologia geral do conto uruguaio publicada no Brasil. Contém relatos de narradores de fins do século XIX até a data de edição do volume: Eduardo Acevedo Díaz, Javier de Viana, Horacio Quiroga, Juan José Morosoli, Augusto Mario Delfino, Víctor Dotti, Giselda Zani, Juan Carlos Onetti, María de Montserrat, Mario Arregui, Carlos Martínez Moreno, Armonía Somers, Julio C. da Rosa, Mario Benedetti, Anderssen Banchero, Mario César Fernández, Julián Murguía, Juan Capagorry, Eduardo Galeano e Elbio Rodríguez Barilari.]
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Mário de Andrade/Borges. Um diálogo dos anos 20, Emir Rodríguez Monegal. São Paulo, Editora Perspectiva, 1978. 128 págs. Tradução de Maria Augusta da Costa Vieira.
[Estudo pioneiro das relações literárias entre o modernista paulista e o escritor argentino. Em apêndice, inclui os textos de Mário de Andrade sobre “Literatura modernista argentina” publicados no Diário Nacional de São Paulo. O livro não conta com edição completa em espanhol. Só o ensaio de Rodríguez Monegal (Melo, 1921-New Haven, 1985) foi reproduzido na revista colombiana Eco.]
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Uruguai: um campo de concentração? A. Veiga Fialho. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1979. 262 págs. Textos especiais de Eduardo Galeano e Jorge Amado.
[Livro que denuncia a situação de repressão e torturas durante o regime ditatorial que se instalou no Uruguai desde junho de 1973. O volume contém numerosos documentos e depoimentos.]
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O silêncio, Shusaku Endo. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1979. 262 págs.
[Trata-se, na realidade, do volume anterior de denúncia sobre a situação repressiva no Uruguai com capa de um romance do escritor japonês, com o objetivo de enviá-lo por correio ao Uruguai para que não fosse interceptado pela censura ditatorial. Correspondeu à Sra. Nené Rodríguez de Werneck tanto o plano quanto o trabalho da época, assim como a informação aqui apresentada; além disso, obsequiou-nos dois exemplares da obra, razões pelas quais lhe manifestamos um especial agradecimento. A Sra. Nené Rodríguez, uruguaia de longa residência no Brasil, é diretora do Instituto Cultural Brasileiro-Uruguaio no Rio de Janeiro.]
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Literatura e cultura na América Latina, Ángel Rama. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2001. 390 págs. Flávio Aguiar e Sandra Guardini Vasconcelos (organizadores). Tradução de Raquel La Corte dos Santos e Elza Gasparotto.
[Ampla antologia de textos críticos e teóricos de Ángel Rama (Montevidéu, 1926-Mejorana del Campo, 1983), uma das maiores que se conhece em qualquer língua.]
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Fronteiras culturais. Brasil, Uruguai, Argentina, Maria Helena Martins (organizadora). São Paulo, Ateliê Ed./Prefeitura de Porto Alegre/CELPCYRO, 2002. 262 págs.
[Reúne contribuições de distintos especialistas de diferentes campos disciplinares dos três países mencionados no título. Esses trabalhos emanaram de um seminário celebrado em Porto Alegre em 2000.]
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Felisberto Hernández, 1902-2002, Pablo Rocca (organizador). Florianópolis, Fragmentos. Revista de Língua e Literatura Estrangeiras, Universidade Federal de Santa Catarina, N.º 19, 2002. 128 págs.
[Primeira série de trabalhos sobre Felisberto Hernández e sua época publicada no Brasil, a partir de uma perspectiva regional realizada por uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Humanidades e Ciências da Educação, cujo trabalho radicou-se no Programa de Documentação em Literaturas Uruguaia e Latino-americana.]
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Cone Sul. Fluxos, representações e percepções, Ligia Chiappini e Maria Helena Martins (organizadoras). São Paulo, Hucitec/FFLCH-USP/Freie Universität/CELPCYRO, 2006.
[Reúne uma série de trabalhos a partir de diferentes perspectivas teóricas e disciplinares sobre a cultura da região. Os trabalhos foram elaborados, em sua maior parte, em um congresso celebrado na Freie Universität, Berlim, em 2002.]
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Tem um doutorado em Literaturas Espanhola e Hispano-Americana pela Universidade de São Paulo (Brasil). É professor titular de Literaturas Uruguaia e Latino-Americana na Faculdade de Humanidades e Ciências da Educação na Universidad de la República (Uruguai). Dirige a Seção de Arquivo e Documentação do Instituto de Letras da mesma instituição. Tradutor de diversos autores brasileiros: Machado de Assis, Murilo Rubião, Cyro Martins, Tabajara Ruas, Sergio Faraco, entre outros.